quarta-feira, 24 de outubro de 2012



Falar sobre contatos marcantes com a leitura é para mim um imenso prazer, tenho um gosto particular pelos contos por serem complexos e funcionais no trabalho em sala de aula. Se quiserem se aventurar pelos contos do livro Primeiras Estórias de Guimarães Rosa certamente irão se emocionar, em especial o conto SEQUÊNCIA, sobre uma vaquinha que foge da fazenda onde está, para retornar à sua fazenda de origem (sua querência) e tem atrás de si o filho de seu dono que o obriga a trazê-la de volta, nesse percurso a vida de ambos se transformará, termino a leitura do conto sempre com os olhos marejados de lágrimas, sem falar de RESTOS DE CARNAVAL da Clarice Lispector, a menina que espera o carnaval passar e nunca tem uma fantasia até que a mãe da amiga lhe faz uma, mas infelizmente a saúde da mãe piora e aquele instante que seria tão incrível lhe é roubado, tem como não se emocionar? Tem um conto chamado FELICIDADE CLANDESTINA, também da Clarice que fala sobre uma menina gorda e bem cruel que é filha do dono da livraria e que por sua vez abusa de suas posses para torturar uma colega que ama ler, ela faz a amiguinha ir todas as tardes à porta de sua casa em busca de um livro que nunca empresta, até que a mãe descobre e para corrigir a filha diz à menina que ela pode ficar com o livro pelo tempo que quiser, quando a autora escreve sobre essa passagem, ela fala que a menina vai embora segurando o livro, sem foleá-lo, adiando o seu prazer é o que sinto quando compro algum livro ou revista que desejo e deixo-o me esperando para o momento mais adequado, adio meu prazer e depois me deleito.

Angélica da Costa Boaventura
Professora de Português - Pitangueiras - SP

terça-feira, 23 de outubro de 2012

A música me ensinou a ler


Minhas primeiras experiências com a leitura e a escrita aconteceram muito cedo.
Por ser a filha mais nova, queria frequentar a escola, assim como as minhas irmãs, mas como eu não tinha idade para isso, meus pais me fizeram uma proposta, que eu prontamente aceitei, e assim fui estudar piano num Conservatório Musical no Alto da Mooca em São Paulo, perto da casa onde morava quando era pequena.
A Professora de piano me ensinou a decifrar os códigos musicais das partituras, antes mesmo que eu estivesse alfabetizada e assim aos 4 anos de idade eu solfejava as notas musicais no tempo correto, sem saber ler, escrever e calcular.
A metodologia utilizada pela professora foi fantástica e me recordo até hoje. Para cada nota musical ela associava um desenho e uma cor, assim minhas partituras eram personalizadas, eram coloridas por mim, como lição de casa teórica, além dos exercícios sempre corrigidas por ela, sendo:




























Dessa forma, as primeiras palavras que aprendi ler e escrever, depois do meu próprio nome, foram: dado, régua, milho, faca, Sol, lápis e sino, antes de freqüentar a escola.
Aos 5 anos já estava matriculada no 1º ano do Ensino Regular e já alfabetizada, graças à minha professora de piano.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Literartura Brasileira

Pessoal, já que este é um blog de leitura, que tal se começássemos com nossas sugestões? E que tal começar com a "prata da casa", nossa riquíssima Literatura Brasileira? Gente... Já me vem à cabeça "Incidente em Antares" do Érico Veríssimo... Um prato cheio para quem é chegado num Realismo Fantástico, como eu ! Pensem em sete mortos insepultos, reivindicando um enterro digno, já que os coveiros da cidade estão em greve !!! E como não são prontamente atendidos, resolvem jogar tudo no ventilador: falar em alto e bom som no coreto da praça toda a podridão dos vivos ! É simplesmente impecável !!!

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

A leitura me ajudou a curar a depressão

            Desde adolescente sempre frequentei a biblioteca municipal para emprestar livros. Procurava ler temas que me interessavam e além disso os nossos professores, todo bimestre, pediam que fosse realizada a leitura de um livro da série vagalume. Meu pai, os tem até hoje e empresta para a garotada do bairro onde moro, com o intuito de incentivá-los a ler.
            Porém, minha paixão mesmo pela leitura foi despertada por uma colega que me contava um pouco sobre os livros que havia lido. A motivação, a forma como ela relatava  reacendeu a louca paixão pela leitura. Fiquei tão empolgada que contaminei meus familiares: pai, mães, marido, filho e cunhadas. Todos começaram a ler.
            Passamos a ler e a discutir as ideias quando nos reunimos. Que delícia!!!!! A leitura nos proporcionou debates eloquentes e um grande crescimento como seres humanos.
            Há alguns anos atrás, tive depressão e foi através da leitura, de muita leitura que hoje posso dizer estou CURADA!!!!!
            A leitura de livros de auto-ajuda  colaborou para que me conhecesse melhor, espantasse os fantasmas da minha mente e melhorasse como ser humano. Ri, chorei, fiquei com raiva com as leituras que fiz e faço, é um mundo mágico, fantástico.
            Em sala de aula, incentivo muito meus alunos a ler, levo os livros do meu filho, próprio para adolescentes, e empresto-lhes. Fora que na biblioteca da escola existem muitos livros bons e indico-lhes. Faço também o relato dos livros que leio para qualquer pessoa, desde a pessoa que sento ao lado no ônibus até um familiar, como já mencionei. E descobri que muitos tem problemas e a leitura ajuda a refletir, a nos encontrarmos.

Letrados e Conectados (Grupo 6)

Pessoal do Grupo 6 (Tânia, em especial), o blog de vocês está muito bacana e atualíssimo, parabéns !!! Nosso próximo passo, no nosso blog, é deixar umas dicas de leituras e atualidades, podemos até ir trocando figurinhas, não é? No mais, um excelente curso para todos nós. Abraços. Priscila (Grupo 4). Ah, prestigiem o "Letrados e Conectados", no http://letradosconectados.blogspot.com.br/ !!!

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Desde sempre...



Desde sempre...

Quando pequena sempre fui fascinada por quadrinhos. Aprendi a ler muito cedo, com quatro anos, e lembro de a professora se espantar quando me ouviu ler o que estava na lousa da turma anterior: uma dezena de laranjas/ duas dezenas de limões. Isso era no prezinho ! Não demorou muito para começar com os livros. Com oito anos, já frequentava a biblioteca da escola para empréstimos e leituras nas horas vagas ou quando terminava a lição. Até lembro o dia em que a freira me elogiou: “Olhe o exemplo da boa aluna: terminou a lição e está lendo!”. Com quatorze, uma de minhas maiores paixões se revelou: Agatha Christie. Achei um “Cartas na mesa”,devorei no mesmo dia, e desde então minha busca por livros de suspense desta autora foi incessante ( e perdura até hoje, já somo oitenta títulos!). A queda pelo estilo me conduziu à Hitchcock e quando descobri que havia autores nacionais com essa “pegada”, foi um deleite: o inimaginável de Guimarães Rosa começou a andar comigo... Hoje não vivo sem leitura. Quando quero espairecer as ideias, vou de Agatha Christie, e mais uma vez tento desvendar um mistério já muitas vezes repetido (releio muitas obras), mas que a maestria da autora não me deixa decifrar. Ao mesmo tempo, uns dois livros me acompanham, alguma coisinha de Chico Buarque, Neruda e alguns Best-sellers que faço questão de acompanhar, pois não gosto de julgar sem conhecer. E assim é minha relação com a leitura: ela me alimenta desde sempre !