O Rabiscos Digitais faz parte do curso Práticas de Leitura e Escrita,que tem como objetivo aprimorar a competência leitora e escritora em contexto digital.Não nos conhecemos, mas há algo muito forte que nos une: o amor pela leitura e escrita. E essa união só é possível, devido a essa fantástica invenção: o mundo digital.Neste Blog, vocês poderão acessar depoimentos de experiências, indicações de livros e até mesmo fazer seus comentários.Visite-nos e conheça este mundo fantástico.
terça-feira, 20 de novembro de 2012
Pessoal do "Rabiscos Digitais", primeiramente peço desculpas por ter chegado no 45 do segundo tempo, mas problemas pessoais me levaram a isso. A casa dos meus pais foi assaltada, a família toda feita refém e agora estou literalmente "sem lenço e sem documento " ! Mas vamos ao que importa: foi uma alegria tremenda conhecer e trabalhar com todas vocês, o curso foi enriquecedor para minha prática e o estreitamento das relações humanas através das máquinas também. Um abração e até a próxima !
Relato Reflexivo
Chegamos ao fim do Curso Prática de Leitura e Escrita na Contemporaneidade. Para nós do grupo 4 foi um curso que colaborou muito na nossa prática pedagógica, estivemos reunidos com pessoas interessadas em aprimorar seus conhecimentos, a fim de oferecer aulas com mais qualidade aos alunos(Angélica) . Tivemos oportunidade de conhecermos novas pessoas, trocar experiências, ler produções, debater nos fóruns e até mesmo criar um blog. Aprendemos muito.Valeu a pena.
A seguir vocês poderão ler as avaliações elaboradas pelos componentes do grupo referentes ao curso.
Lisandrea
Lisandrea
O curso "Prática de Leitura e Escrita na Contemporaneidade" foi muito importante para minha formação, pois suscitou em mim a vontade de exercitar mais a leitura e a escrita digital. Era muito presa ao livro, ao papel. No começo fiquei bem perdida no ambiente virtual, mas aos poucos vi que não é tão difícil. Foi uma experiência engrandecedora para minha prática pedagógica, contribuiu para que eu possa utilizar mais a tecnologia digital com meus alunos.
Aprendi muito com os colegas através dos debates nos Fóruns, novas ideias foram lançadas. Relembrei que não sei tudo e que o aprender é contínuo. Além dos debates, houve leituras de diversos gêneros textuais e produções de textos.
Tivemos ainda a oportunidade de ler depoimentos de vários autores sobre a importância de ler e relatar também a nossa experiência com a leitura.Nessa atividade relembrei dos livros que li, da minha infânica, momentos que jamais se apagarão da minha memória. Foi uma volta ao passado.
Realizamos um trabalho em grupo: a criação de um blog. Confesso que fiquei nervosa, porque nunca tinha participado, feito um blog. Ainda tenho muito que aprender, mas graças as colegas do grupo 4: Priscila e Angélica realizei as atividades propostas. A elas um MUITO OBRIGADA!!! Foram prestativas e solidárias.
O curso foi perfeito: quanto ao tempo de realização de atividades, as comandas e a tutora, sempre disposta a nos ajudar. Agora, tenho que aplicar em sala tudo o que aprendi, ser uma multiplicadora.
Pessoal, espero encontrá-los no próximo curso.Aprender é sempre bom. Um grande abraço
Angélica
Olá, meninas do grupo 4!
Ao entrar no curso fiquei bem perdida no ambiente virtual, apesar de usar a internet com frequência, ainda não tinha feito nenhum curso pela Escola de Formação, felizmente encontrei em minha escola um professor que já havia feito e ele foi me guiando, porque até para pedir orientações à tutora era difícil.
Estive reunida com pessoas que desejam se aprimorar, para oferecer aulas com mais qualidade aos seus alunos e acho isso fundamental na condição de educador. Conheci novas pessoas, li suas produções, opiniões, troquei ideias que me permitiram refletir minha prática diária, então mais confiante, poderei continuar a marcha ou mudá-la conforme convier. Realizei a produção de texto em gênero variado, ajudei meu grupo a criar um blog e essas ações me trouxeram um ânimo novo, gostei muito de ter sido estimulada a ler, escrever para um ambiente virtual. Fazia algum tempo que não me dedicava à minha qualificação profissional. O trabalho partilhado em grupos nunca foi fácil de ser executado, embora não fosse impossível, conclui que continua sendo um desafio, mas que quando conseguimos atingir o objetivo proposto, o resultado é fantástico. Tenho certeza de que depois desse curso ainda estarei refletindo sobre os aspectos de realização de leitura e compreensão de texto a cada atividade que preparar, aproveitarei os conceitos trazidos pelos pesquisadores estudados, certa de que estarei oferecendo um pouco a mais para meus alunos. Termino as atividades desejando que esse curso seja multiplicado pelos demais colegas e com muitas ideias surgindo para realizá-las com minhas novas turmas. Agradeço a colaboração de todos, em especial a da tutora, Ana.
terça-feira, 6 de novembro de 2012
E EU SÓ QUERIA DESCANSAR
Acordei tarde! Aliás, bem mais
tarde do que imaginava.
O relógio marcava 13h45 e lá
fora parecia estar quente num dia de sol forte, quase sem nuvens no céu
maravilhosamente azul.
Enquanto me espreguiçava
lentamente, ainda deitada, percebia o som de uma música conhecida que parecia
vir do quarto ao lado, mas não conseguia identificar.
Não queria me levantar, não
queria fazer nada afinal estava ali para descansar e o hotel era ótimo, a
paisagem era perfeita para “desligar” literalmente dos últimos acontecimentos.
Enquanto tentava lavar o rosto
para ver se conseguia me decidir entre caminhar na praia ou me esticar a beira
da piscina, o telefone toca estridente:
- Eu disse que não queria ser
incomodada – falei com tranqüilidade.
- Perdoe o transtorno, mas a
pessoa na linha disse que era urgente. Vou passar a ligação – me disse a voz
tremula.
Do outro lado da linha, o
caseiro da chácara onde gosto de passar minhas poucas horas livres:
- Sei que não queria
telefonemas, mas o caso é grave.
- Fale logo, já que ligou.
- Sabe ... como é de costume
... sempre desço até o pomar ...
- Fale, criatura! – disse
alterada.
- Então ... fui até o pomar na
hora do almoço ... sabe como é ... recolher as frutas passadas ...
- Já estou ficando preocupada!
O que você está tentando me dizer?
- Em baixo da mangueira
encontrei um ... um cadáver. – disse o caseiro.
- Como assim? Você está louco?
Isso é uma brincadeira? Já ligou para a polícia? Alguém mais viu? – nessa
altura da conversa já estava histérica.
- Não, claro que não.
Precisávamos conversar antes de qualquer atitude precipitada. Fique calma, está
tudo sob controle. – respondeu serenamente e logo em seguida me perguntou:
- O que quer que faça?
Respondi depois de uma breve
pausa:
- Chame a polícia enquanto
fecho minha conta, diga que em poucas horas estarei aí. Deixe que olhem tudo,
não impeça a perícia de fazer o seu trabalho.
Desligamos o telefone sem mais
palavras.
Ao chegar encontrei uma cena de
filme de investigação. Não estava preocupada, tinha meu álibi mais do que
perfeito.
Enquanto colhiam as evidências,
corre um jovem rapaz do carro do IML dizendo para encerrar todo o processo,
pois já sabiam o motivo e o responsável por aquele homicídio.
O caseiro e eu nos entreolhamos
fixamente por alguns instantes enquanto o jovem legista dizia:
- Vocês viram a cerca quebrada
e suas roupas rasgadas, o que indica como ele entrou aqui. Nós encontramos um
caroço de manga em sua garganta, que indica a causa da morte por asfixia.
No dia seguinte voltei para o hotel e fiz
questão de esquecer esse dia terrível.
Antes de nos apresentar, falamos um pouco dos nossas
memórias literárias, deixamos vocês nos conhecerem pelas nossas lembranças, mas
em tempo, colocamos à disposição nosso perfil para ficarmos ainda mais
familiares. À propósito, um pouco de poesia:
Quem sou eu?
Eu às vezes não entendo!
As pessoas em um jeito
De falar de todo mundo
Que não deve ser direito.
.
Aí eu fico pensando
Que isso não está bem.
As pessoas são quem são,
Ou são o que elas têm?
.
Eu queria que comigo
Fosse tudo diferente.
Se alguém pensasse em mim,
Soubesse que eu sou gente.
.
Falasse do que eu penso,
Lembrasse do que eu falo,
Pensasse no que eu faço
Soubesse por que me calo!
.
Porque eu não sou o que visto.
Eu sou do jeito que estou!
Não sou também o que eu tenho.
Eu sou mesmo quem eu sou!
Pedro Bandeira
Pitangueiras-SP
Sou professora de Português, leciono há 16 anos,
principalmente para as séries de Ensino Médio. Gosto muito do meu trabalho, apesar de tudo o que dificulta o exercício do magistério. Amo as letras, as
palavras e principalmente o resultado da combinação delas quando é
criativamente realizado. Bons textos são para mim inspiradores, autores
incríveis, como Machado, por exemplo, me fazem logo querer apresentá-los aos
alunos. A Literatura é fonte inesgotável de inspiração, por isso tenho tanto
prazer em compartilhar minhas aulas com meus alunos, além disso, amo fazer
artesanato, especificamente Patchwork e não podia deixar de dizer que amo a
Natureza e os animais, sou apaixonada por cães. Tenho uma família linda,
esposo Tiago e a razão da minha vida, Eloísa.
PRISCILA BARBOSA ARANTES
São Paulo-SP
Olá, colegas ! Sou Priscila e apaixonada por ótimas
leituras, cachorros e viagens. Estou fazendo o TCC do curso de formação docente
do Redefor e, ao mesmo tempo engatei este aqui. Espero que todos nós consigamos
dar conta, porque sabemos que não é fácil, mas a força de vontade nos
proporcionará mais uma bagagem. Um abraço !
LISANDREA RAMALHO ALVES EVARISTO
Pindamonhangaba-SP
Olá!!!! Meu nome é Lisandrea, mas todos me chamam de Lisa.
Sou professora de História do Ensino Fundamental, gosto muito do que faço e
espero poder aprender muito com vocês. Hoje estou um pouco perdida no ambiente
virtual, mas tentando navegar para conhecer esse espaço. Abraço!
Produzindo textos de diferentes esferas comunicativas
Todas as esferas da atividade humana, por mais
variadas que sejam, estão sempre relacionadas
com a utilização da língua. Não é de se
surpreender que o caráter e os modos dessa
utilização sejam tão variados como as próprias
esferas da atividade humana, o que não contradiz
a unidade nacional de uma língua.
(Bakhtin)
Para o autor acima referido os gêneros são aprendidos no curso de nossas vidas como participantes de determinado grupo social ou membro de alguma comunidade. Logo, tem-se que gêneros são padrões comunicativos, que, socialmente utilizados, funcionam com uma espécie de modelos comunicativos globais que representam em conhecimento social localizado em situação concreta.
Nessa perspectiva, o discurso e gêneros são formados nas estruturas e processos
sociais - discurso deriva das instituições, e gênero das ocasiões sociais
convencionalizadas em que a vida social acontece. Os textos são, portanto, duplamente
determinados: pelos sentidos do discurso que aparecem no texto e pelas formas,
significados e construções de um gênero específico.
Os textos abaixo apresentados são o resultado da atividade de produção de texto de diferentes esferas comunicativas. Foi solicitado ao grupo uma produção individual de uma:
- Uma conversa telefônica entre dois amigos (você e a pessoa que achou o cadáver) ou
- Uma crônica.
O poder da “zica”
Priscila Barbosa Arantes
-
Alô, Pri?
-
Oi?
-
Estava dormindo?
-Sim...
Mas pode falar.
-
Ai, desculpa! É que aconteceu uma coisa horrível! Acordei super cedo, me
aprontei pra sair e quando abro a porta dou de cara com um cara mortinho da
silva aqui na minha porta !!!! Quem merece isso? Eu falo, eu falo, é o poder da
zica, só pode...
-
Espera, para de falar ! Você me acordou para falar um absurdo desses? Como que
tem um cara morto aí?
-
Ai, é sério ! O que que eu faço agora?
-
Sei lá, chama a polícia.
-
Mas não posso ficar aqui parada! Pô, acordo de madrugada para ir a uma
entrevista que estou esperando há séculos, é demais, né ?
-
E se você fingir que não viu?
-
Como assim?
-
Ah, sei lá... Passa por cima e segue adiante, como se nada tivesse
acontecido...
-
Ah, não sei não... Do jeito que a sorte me evita, é melhor não vacilar... E se
eu chamasse o porteiro? O síndico?
-
Hum... Não parece má ideia... Vai lá, vai lá, mas depois me liga para eu saber
o fim da história, está bem?
-
Fechado!
Tempos
depois...
-
Pri?
-
Oi, e aí?
-
Bom, agora está todo mundo aqui na minha porta, o zelador falando tão alto que
parece briga, o síndico e mais o prédio todo que agora resolveu acordar e se
intrometer no assunto... Ainda por cima, chamaram a polícia, que pediu que eu
ficasse por aqui, já que encontrei o cadáver e tal... Já era entrevista de
emprego!
-
E o falecido?
-
O que tem?
-
Alguém o conhece, é morador daí?
-
Ah, sei lá!
-
Credo, Sari, pensa melhor... O cara está morto, bateu as botas e ninguém nem
aí... Você mesma só está pensando na sua entrevista... Até parece aquela música
do Chico Buarque, “Construção”. Coitado! É um ser humano!
-
Ai, credo, não fala assim que me sinto culpada... Tem razão... Espere que
chegou um pessoal, depois te ligo!
Mais
algum tempo depois...
-
Alô! Menina, nem te conto!
-
Pode falar.
-
O cara que bateu as botas é um figurão! O fera da publicidade! Veio aqui ver o
sobrinho e falar do seu testamento. Aliás, deixou tudo para o rapaz! E digo
mais: conversa vai, conversa vem, o rapaz foi com a minha cara...
-
Ah, não me diga que te chamou para sair?
-
Não, né?! Pediu que eu deixasse um currículo para trabalhar na agência do tio!
-
Aff... Pensei que vocês tinham se apaixonado e de desempregada tinha virado
herdeira!
-
Ah, Pri, está vendo muita novela... Com a sorte que eu tenho, só de ter
entregado um currículo em um dia que eu nem consegui sair de casa, já está
ótimo !!! Vou até acender uma velinha para a alma do falecido, pobre coitado!
-
Beleza! Ficou com remorso de nem ter ligado para o morto, né?
-
É...E através dele talvez venha meu futuro emprego... Ou não, sei lá. Mas é bom
viver para aprender que não somos só nós e nossos umbigos que existem no mundo
!
-
Ai, que filósofa! Boa sorte, amiga! Valeu a aventura!
-É...
E por hoje é só, pessoal! kkkkkkkk !!!!!!
-
KKkkkkkkkk !!!! Beijão, tchau!
-
Tchau, fique com Deus!
Amigo
tem cada ideia.
Lisândrea Ramalho Alves Evaristo
Tinha tudo para ser um dia perfeito. Era Domingo, um dia muito esperado
da semana, pois era minha folga. Levantei cedo para aproveitar o dia, combinei
com uma amiga para irmos à praia.
Fui ao banheiro, escovei os dentes, lavei o rosto e tomei um banho, quando de repente toca o
telefone e saio às pressas para atendê-lo.
Pensei: deve ser a Vanessa dizendo que não vai mais.
- Alô, quem está falando?
- Lisa, sou eu a Vanessa.
- Nossa! Mas porque você está
chorando?
- Você não imagina o que aconteceu?
- Não mesmo!
- Estou muito nervosa, assustada, desorientada. ...
- Calma e me conta o que aconteceu?
- Lisa, como combinamos levantei cedo e fui me arrumar para irmos à
praia. Ouvi o toque da campainha e fui ver quem era. Deparei-me com um homem estirado
no chão da porta de casa. Levei um enorme susto!!! Verifiquei se havia alguém no corredor, mas
não tinha.
- E aí, ele estava vivo?
- Já olhei atentamente, toquei em seu corpo e o senti frio. Verifiquei
sua pulsação, mas ele já tinha partido
dessa para melhor e eu fiquei na pior. Não sei o que fazer!!!!!!
- Chame a polícia imediatamente.
- NÃO!!!!!!! Vão pensar que sou eu a assassina.
- Então, te liguei para você me ajudar a dar um fim neste cadáver. Pensei
em enterrá-lo ou fazer um picadinho do corpo e dar para os cachorros ou ainda
colocar no saco de lixo.
-Vanessa, definitivamente você enlouqueceu!!!! Anda assistindo muita
televisão!!!
- Ué, você não diz que é minha amiga. Estou precisando de ajuda. Amigo é
para colaborar nos momentos difíceis da vida.
- Sou sua amiga, mas não é certo dar um fim neste cadáver, ainda mais que
não é você a assassina. Ou é????
- Não!!!!!!!!!! Você está me deixando mais nervosa.
- Desculpe, não foi a minha intenção, mas o que você está querendo fazer
não é correto.
- Não saia daí, vou chamar a polícia e estou indo imediatamente para
sua casa.
-Tchau!!!! Estou indo......
QUE
DIA!
Angélica da Costa Boaventura
A primeira coisa que fiz depois de
abrir os olhos naquela manhã, foi olhar o relógio de cabeceira, afinal com a
mudança para o horário de verão fica bem fácil perder a hora. Levantei, fui ao
banheiro, escovei os dentes, lavei o rosto. Tive a impressão de ouvir a
campainha da porta, duvidei porque era cedo demais para ter alguém ali. Me
enxuguei depressa. Curiosa, saí do banheiro e caminhei até a porta, destranquei
a fechadura e qual foi minha surpresa quando abri, não somente havia uma pessoa
como ela estava caída, imóvel na soleira.
Senti um arrepio percorrer todo meu
corpo, demorei alguns segundos para entender aquela cena. Meu Deus! Havia um
homem caído à minha frente. E agora? Tenho que fazer algo, pensei, mas fazer o
quê? A gente não faz um treinamento para saber agir em uma situação dessas, aliás,
nem imaginamos ter que passar por esse tipo de coisa. Recuperei as forças e
olhei ao redor, mas era tão cedo que não tinha ninguém no corredor. Me abaixei e com muito sacrifício, toquei o sujeito e ele não se mexeu.
Corri para o telefone e quando ia
discar o número da central da polícia, resolvi ligar para você, já que é minha
melhor amiga. Por favor, me diga, será que devo chamar a polícia, vão fazer uma
série de perguntas, será que vão desconfiar de mim?
- Calma, Manu, você está falando há
20 minutos, sem parar, parece uma metralhadora disparando palavras, juro que
estou com certa dificuldade para entender tudo o que disse. Essa é a estória
mais absurda que já ouvi.
-É absurda, mas é verdade, com
tantas portas nesse corredor, esse infeliz foi escolher justamente a minha?
- Manu, qual o número do seu
apartamento?
-É 66, por quê?
-E o nome da rua?
-Rua Transilvânia, mas o que isso
tem a ver com o meu caso?
-Amiga, que dia é hoje?
-Dia 31 de outubro, Gabi, você está
me deixando mais nervosa ainda, tenho que focar
nessa situação e resolvê-la.
- Manu, volta lá na porta.
-Você está maluca, acha que é fácil
ficar vendo um homem morto assim de pertinho?
- Vai lá, Manu, tem certeza de que
esse homem é real?
-Agora, está passando dos limites,
acha que eu ia inventar um negócio desses?
-Não estou dizendo isso, quero que
veja se o homem é de verdade ou se é um boneco, sei lá!
-Está achando que eu...espera um
pouco, agora está caindo a ficha, Gabi, será que eu fui a escolhida?!
-Corre lá!
-Não acredito!!!
-Nossa, moça, achei que ia ter um
ataque, não voltava mais, cheguei a temer a brincadeira, caprichamos muito para
ficar bem real e estou aqui bem vivo para lhe dizer que é a ganhadora da
promoção de Halloween – “O susto do defunto”, acaba de ganhar uma viagem a
Houston, com tudo pago para conhecer a matriz de nossa fábrica de doces. Você
foi escolhida por ter o endereço mais original.
-Gabi, Gabi, está ouvindo isso?
Ganhei, ganhei!
-Agora faça uma cara de espanto que
está sendo filmada. A Doce Gostoso agradece sua participação. Ah! Já ia me
esquecendo de dizer que tem o direito a um acompanhante.
-Gabi, escutou o que ele disse?
Gabi, ainda está aí ao telefone?
-Estou sim, Manu e depois do susto e
de tanta confusão, espero que me leve com você.
-Claro, amiga, você é a companhia perfeita!
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
Falar sobre contatos marcantes com a leitura é para mim um imenso prazer, tenho um gosto particular pelos contos por serem complexos e funcionais no trabalho em sala de aula. Se quiserem se aventurar pelos contos do livro Primeiras Estórias de Guimarães Rosa certamente irão se emocionar, em especial o conto SEQUÊNCIA, sobre uma vaquinha que foge da fazenda onde está, para retornar à sua fazenda de origem (sua querência) e tem atrás de si o filho de seu dono que o obriga a trazê-la de volta, nesse percurso a vida de ambos se transformará, termino a leitura do conto sempre com os olhos marejados de lágrimas, sem falar de RESTOS DE CARNAVAL da Clarice Lispector, a menina que espera o carnaval passar e nunca tem uma fantasia até que a mãe da amiga lhe faz uma, mas infelizmente a saúde da mãe piora e aquele instante que seria tão incrível lhe é roubado, tem como não se emocionar? Tem um conto chamado FELICIDADE CLANDESTINA, também da Clarice que fala sobre uma menina gorda e bem cruel que é filha do dono da livraria e que por sua vez abusa de suas posses para torturar uma colega que ama ler, ela faz a amiguinha ir todas as tardes à porta de sua casa em busca de um livro que nunca empresta, até que a mãe descobre e para corrigir a filha diz à menina que ela pode ficar com o livro pelo tempo que quiser, quando a autora escreve sobre essa passagem, ela fala que a menina vai embora segurando o livro, sem foleá-lo, adiando o seu prazer é o que sinto quando compro algum livro ou revista que desejo e deixo-o me esperando para o momento mais adequado, adio meu prazer e depois me deleito.
Angélica da Costa Boaventura
Professora de Português - Pitangueiras - SP
Angélica da Costa Boaventura
Professora de Português - Pitangueiras - SP
terça-feira, 23 de outubro de 2012
A música me ensinou a ler
Minhas
primeiras experiências com a leitura e a escrita aconteceram muito cedo.
Por
ser a filha mais nova, queria frequentar a escola, assim como as minhas irmãs,
mas como eu não tinha idade para isso, meus pais me fizeram uma proposta, que
eu prontamente aceitei, e assim fui estudar piano num Conservatório Musical no
Alto da Mooca em São Paulo, perto da casa onde morava quando era pequena.
A
Professora de piano me ensinou a decifrar os códigos musicais das partituras,
antes mesmo que eu estivesse alfabetizada e assim aos 4 anos de idade eu
solfejava as notas musicais no tempo correto, sem saber ler, escrever e
calcular.
A
metodologia utilizada pela professora foi fantástica e me recordo até hoje.
Para cada nota musical ela associava um desenho e uma cor, assim minhas
partituras eram personalizadas, eram coloridas por mim, como lição de casa
teórica, além dos exercícios sempre corrigidas por ela, sendo:
Dessa forma, as primeiras palavras que aprendi ler e escrever, depois do meu próprio nome, foram: dado, régua, milho, faca, Sol, lápis e sino, antes de freqüentar a escola.
Aos
5 anos já estava matriculada no 1º ano do Ensino Regular e já alfabetizada,
graças à minha professora de piano.
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
Literartura Brasileira
Pessoal, já que este é um blog de leitura, que tal se começássemos com nossas sugestões? E que tal começar com a "prata da casa", nossa riquíssima Literatura Brasileira? Gente... Já me vem à cabeça "Incidente em Antares" do Érico Veríssimo... Um prato cheio para quem é chegado num Realismo Fantástico, como eu ! Pensem em sete mortos insepultos, reivindicando um enterro digno, já que os coveiros da cidade estão em greve !!! E como não são prontamente atendidos, resolvem jogar tudo no ventilador: falar em alto e bom som no coreto da praça toda a podridão dos vivos ! É simplesmente impecável !!!
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
A leitura me ajudou a curar a depressão
Desde adolescente sempre frequentei a biblioteca municipal para emprestar livros. Procurava ler temas que me interessavam e além disso os nossos professores, todo bimestre, pediam que fosse realizada a leitura de um livro da série vagalume. Meu pai, os tem até hoje e empresta para a garotada do bairro onde moro, com o intuito de incentivá-los a ler.
Porém, minha paixão mesmo pela leitura foi despertada por uma colega que me contava um pouco sobre os livros que havia lido. A motivação, a forma como ela relatava reacendeu a louca paixão pela leitura. Fiquei tão empolgada que contaminei meus familiares: pai, mães, marido, filho e cunhadas. Todos começaram a ler.
Passamos a ler e a discutir as ideias quando nos reunimos. Que delícia!!!!! A leitura nos proporcionou debates eloquentes e um grande crescimento como seres humanos.
Há alguns anos atrás, tive depressão e foi através da leitura, de muita leitura que hoje posso dizer estou CURADA!!!!!
A leitura de livros de auto-ajuda colaborou para que me conhecesse melhor, espantasse os fantasmas da minha mente e melhorasse como ser humano. Ri, chorei, fiquei com raiva com as leituras que fiz e faço, é um mundo mágico, fantástico.
Em sala de aula, incentivo muito meus alunos a ler, levo os livros do meu filho, próprio para adolescentes, e empresto-lhes. Fora que na biblioteca da escola existem muitos livros bons e indico-lhes. Faço também o relato dos livros que leio para qualquer pessoa, desde a pessoa que sento ao lado no ônibus até um familiar, como já mencionei. E descobri que muitos tem problemas e a leitura ajuda a refletir, a nos encontrarmos.
Letrados e Conectados (Grupo 6)
Pessoal do Grupo 6 (Tânia, em especial), o blog de vocês está muito bacana e atualíssimo, parabéns !!! Nosso próximo passo, no nosso blog, é deixar umas dicas de leituras e atualidades, podemos até ir trocando figurinhas, não é? No mais, um excelente curso para todos nós. Abraços. Priscila (Grupo 4). Ah, prestigiem o "Letrados e Conectados", no http://letradosconectados.blogspot.com.br/ !!!
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
Desde sempre...
Desde sempre...
Quando pequena sempre fui fascinada por quadrinhos. Aprendi a ler muito cedo, com quatro anos, e lembro de a professora se espantar quando me ouviu ler o que estava na lousa da turma anterior: uma dezena de laranjas/ duas dezenas de limões. Isso era no prezinho ! Não demorou muito para começar com os livros. Com oito anos, já frequentava a biblioteca da escola para empréstimos e leituras nas horas vagas ou quando terminava a lição. Até lembro o dia em que a freira me elogiou: “Olhe o exemplo da boa aluna: terminou a lição e está lendo!”. Com quatorze, uma de minhas maiores paixões se revelou: Agatha Christie. Achei um “Cartas na mesa”,devorei no mesmo dia, e desde então minha busca por livros de suspense desta autora foi incessante ( e perdura até hoje, já somo oitenta títulos!). A queda pelo estilo me conduziu à Hitchcock e quando descobri que havia autores nacionais com essa “pegada”, foi um deleite: o inimaginável de Guimarães Rosa começou a andar comigo... Hoje não vivo sem leitura. Quando quero espairecer as ideias, vou de Agatha Christie, e mais uma vez tento desvendar um mistério já muitas vezes repetido (releio muitas obras), mas que a maestria da autora não me deixa decifrar. Ao mesmo tempo, uns dois livros me acompanham, alguma coisinha de Chico Buarque, Neruda e alguns Best-sellers que faço questão de acompanhar, pois não gosto de julgar sem conhecer. E assim é minha relação com a leitura: ela me alimenta desde sempre !
Quando pequena sempre fui fascinada por quadrinhos. Aprendi a ler muito cedo, com quatro anos, e lembro de a professora se espantar quando me ouviu ler o que estava na lousa da turma anterior: uma dezena de laranjas/ duas dezenas de limões. Isso era no prezinho ! Não demorou muito para começar com os livros. Com oito anos, já frequentava a biblioteca da escola para empréstimos e leituras nas horas vagas ou quando terminava a lição. Até lembro o dia em que a freira me elogiou: “Olhe o exemplo da boa aluna: terminou a lição e está lendo!”. Com quatorze, uma de minhas maiores paixões se revelou: Agatha Christie. Achei um “Cartas na mesa”,devorei no mesmo dia, e desde então minha busca por livros de suspense desta autora foi incessante ( e perdura até hoje, já somo oitenta títulos!). A queda pelo estilo me conduziu à Hitchcock e quando descobri que havia autores nacionais com essa “pegada”, foi um deleite: o inimaginável de Guimarães Rosa começou a andar comigo... Hoje não vivo sem leitura. Quando quero espairecer as ideias, vou de Agatha Christie, e mais uma vez tento desvendar um mistério já muitas vezes repetido (releio muitas obras), mas que a maestria da autora não me deixa decifrar. Ao mesmo tempo, uns dois livros me acompanham, alguma coisinha de Chico Buarque, Neruda e alguns Best-sellers que faço questão de acompanhar, pois não gosto de julgar sem conhecer. E assim é minha relação com a leitura: ela me alimenta desde sempre !
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